A leveza do ser
Quando pequeno
Era maior
Vivia com sabedoria
Provava das coisas novas
Amava-as como antigas
Dançava como criança
Na ponta dos pés
E era seguro
Olhar da beira do precipício
Balançava ao sabor do vento
Chorava com vontade
Caía e corria
Para cair novamente
Arregalava os olhos
Abria-se em gargalhadas
Conversava com o tempo
Brigava com Deus
Olhava o medo nos olhos
Sorria na chuva
Banhava-se na lama
Era irmão dos animais
Desenhava à mão livre
Cada acontecimento do dia
Do sabor das frutas
Às garras dos monstros invisíveis
Carregava a leveza do ser
Na palma da mão
O sorriso no olhar
E a sabedoria de não duvidar