Azul marinho
De olhos fechados, molho os meus pés no rio
de águas transparente, minha alma viaja sentindo
o cheiro de relva, entregue à natureza,
é como se eu me banhasse, e de alma nua,
e o mesmo rio me levasse,
lavando as minhas mágoas.
Sinto que se aproxima a alegria, abro os meus olhos,
que vão se perdendo nas flores silvestres.
Percebo toda beleza do orvalho, nas folhas, nas flores,
no mundo, olho o céu que perdeu sua cor azul marinho,
sinto que é preciso continuar sonhando acordada,
mesmo sozinha sendo levada pelo tempo feito as águas.
Céu e flor, sonho de amor,
chuva que se foi, deixou esse azul intenso,
tronco de árvore, abelhas ao léu,
sem mel. Sertão seco, sem vida,
homem sem chapéu.
Eu sem você, adeus, vou embora,
pela vida, esqueci o mar,
a flor despetalou, lá vou eu de novo,
estrada e céu à fora.
Liduina do Nascimento