NAVEGANDO

Navegando por mares bravios, saio a te procurar

Numa solidão eremita jamais imaginada

Do distante convés, ouço tua voz a suplicar

Nas ondas do vento sempre a ecoar

Sons inimagináveis, indecifráveis, incapazes

Poeiras de pensamentos perambulam ao meu redor

Rodopiando anéis de Saturno num espaço sideral

Valha-me crer numa possível ilusão

Dos astros audaciosos a conspirar

Artérias nervosas, raivosas, intravenosas

A morte a rondar, massacrar, estagnar

Versos silenciosos em sentinela, da janela

Ecoam sentimentos pueris, não gentis

Navegando por mares bravios, eu sonho

Eu viajo, eu ordeno meu destino

Minha procura insana, meu desatino

Valmir Vilmar de Sousa (Vevê) 13/07/20

valmir de sousa
Enviado por valmir de sousa em 14/07/2020
Código do texto: T7005448
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