SEM FIM
SEM FIM
Canteiros floridos
Ornam a avenida sem fim
Árvores frondosas
Amenizam a dureza do asfalto
A calçada esburacada enfeia
O caminho pedestre
Afinal quem anda é pobre
Rico dirige
E o buraco é mais embaixo
A noite vai indo embora
E lá vem a aurora
Na rua quase vazia
Salvo um pedinte
Que remexe a lixeira
Refastela-se de restos
Indiferente a indiferença
E joga por terra a crença
Que presto