SEM FIM

SEM FIM

Canteiros floridos

Ornam a avenida sem fim

Árvores frondosas

Amenizam a dureza do asfalto

A calçada esburacada enfeia

O caminho pedestre

Afinal quem anda é pobre

Rico dirige

E o buraco é mais embaixo

A noite vai indo embora

E lá vem a aurora

Na rua quase vazia

Salvo um pedinte

Que remexe a lixeira

Refastela-se de restos

Indiferente a indiferença

E joga por terra a crença

Que presto

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 14/07/2020
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