Paisagem da janela
Abro a janela para acolher o dia.
Respiro, contemplo o sol que irradia.
Abro a alma para acolher a luz.
Leio a Palavra, leio meus pensamentos.
Sinto-me envolta nesse momento.
Fecho os olhos para melhor enxergar.
Sinto minha respiração.
E o palpitar do meu coração.
Ao Criador, minha gratidão.
Mas há na mente uma inquietação.
Um misto de incertezas e medos.
Até quando vai durar esse caos?
Até quando reféns de líderes maus?
Me deixo levar pela imaginação.
Permitindo-me viajar para lugares distantes.
Nessa viagem vão surgindo cenários.
Viajo no cheiro da melancia degustada.
Quebrada na pedra que pela chuva foi lavada.
Sinto cheiro de folha verde amassada.
O arrepio do toque acidental na urtiga.
E o pavor de ver uma jiboia que desliza.
Tem carreira com medo da vaca.
Tem cheiro de peixe ao sair das redes.
Tem banho de açude sem hora pra voltar.
Tem olhos vermelhos de tanto mergulhar.
(Nem parece o vermelho que vem desse penar.
Longas horas diante da tela a trabalhar.)
Tem joelhos arranhados, dente quebrado.
Mas em nenhum momento ou lugar.
Um aperreio tão grande.
Como o vivido atualmente.
Tem anos de seca e de muita dor.
Promessas feitas ao Nosso Senhor.
Tem procissão pra devolver santo roubado.
Tudo num misto de profano e sagrado.
Tem almoço com bolo de feijão amassado.
No caldo com pimenta ensopado.
Tem tucunaré na brasa assado.
Ou toucinho muito bem torrado.
Memórias no baú guardadas.
Vivências que prepararam para a estrada.
Voltei, a realidade me chama.
Me diz pra manter viva a chama.
Que só da esperança emana.
Alimentada na fé e nas lembranças.
Me preparo para uma nova semana.
Agradecida pela estrada percorrida.
Sinto-me agora, mais fortalecida.
Abro a janela para acolher o dia.
Respiro, contemplo o sol que irradia.
Abro a alma para acolher a luz.
Leio a Palavra, leio meus pensamentos.
Sinto-me envolta nesse momento.
Fecho os olhos para melhor enxergar.
Sinto minha respiração.
E o palpitar do meu coração.
Ao Criador, minha gratidão.
Mas há na mente uma inquietação.
Um misto de incertezas e medos.
Até quando vai durar esse caos?
Até quando reféns de líderes maus?
Me deixo levar pela imaginação.
Permitindo-me viajar para lugares distantes.
Nessa viagem vão surgindo cenários.
Viajo no cheiro da melancia degustada.
Quebrada na pedra que pela chuva foi lavada.
Sinto cheiro de folha verde amassada.
O arrepio do toque acidental na urtiga.
E o pavor de ver uma jiboia que desliza.
Tem carreira com medo da vaca.
Tem cheiro de peixe ao sair das redes.
Tem banho de açude sem hora pra voltar.
Tem olhos vermelhos de tanto mergulhar.
(Nem parece o vermelho que vem desse penar.
Longas horas diante da tela a trabalhar.)
Tem joelhos arranhados, dente quebrado.
Mas em nenhum momento ou lugar.
Um aperreio tão grande.
Como o vivido atualmente.
Tem anos de seca e de muita dor.
Promessas feitas ao Nosso Senhor.
Tem procissão pra devolver santo roubado.
Tudo num misto de profano e sagrado.
Tem almoço com bolo de feijão amassado.
No caldo com pimenta ensopado.
Tem tucunaré na brasa assado.
Ou toucinho muito bem torrado.
Memórias no baú guardadas.
Vivências que prepararam para a estrada.
Voltei, a realidade me chama.
Me diz pra manter viva a chama.
Que só da esperança emana.
Alimentada na fé e nas lembranças.
Me preparo para uma nova semana.
Agradecida pela estrada percorrida.
Sinto-me agora, mais fortalecida.