Um fim

Eis-me aqui, frente à tela branca, precipício sem fim

Atiro-me ou não? a destilar meus sentires tortos

Ou talvez n’um parto, do metafórico gestado em mim

Vomite minhas indignações e anseios rotos...

Dealbando ideias sinto, o precipício não é infindo...

Afinal, dizeres são falas, nuas ou cruas, não importa

Há que se ouvir o gritar do sentido, feliz ou doído

Poesias... expressas sensações que batem à porta...

Que entrem sem dizer, mas encantem!

Sejam límpidas, despejem-se como cascata

E as recebam, quem por elas se encantem

Que deixem-se levar pelas melodias castas

Contagiem-se em harmonia, e a levem pelas vias

...E nada lhes será como antes...

Ema Machado

EMARILAINE
Enviado por EMARILAINE em 11/07/2020
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