AH!...

Desse tal amor alguém disse,

que reina desde a mocidade,

sem querer tamanha estultice,

espera calmo a possibilidade.

Utilizando a ferrenha defesa,

forjada em ardilosa antipatia,

urdida, posta sobre à mesa,

do confidente que não sabia.

Num átimo dessa companhia,

a sós, ouvindo o falar doce,

a mão de hesitante tremeria,

mesmo singelo o toque fosse.

O eco desse tempo silenciado,

dessa voz incerta, não some,

descerra o horizonte riscado,

pelos contornos de um nome.

No ardor do peito tão vazio,

vivencia o bem que mereçe,

no tempo prestes do pousio,

vai a purgar a justa messe.

Talvez em um incerto dia,

dessa andança sem meta,

infértil semente tão luzidia,

nesse teu destino acerta.

JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS
Enviado por JOSE ALBERTO LEANDRO DOS SANTOS em 09/07/2020
Reeditado em 08/03/2021
Código do texto: T7000729
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