AH!...
Desse tal amor alguém disse,
que reina desde a mocidade,
sem querer tamanha estultice,
espera calmo a possibilidade.
Utilizando a ferrenha defesa,
forjada em ardilosa antipatia,
urdida, posta sobre à mesa,
do confidente que não sabia.
Num átimo dessa companhia,
a sós, ouvindo o falar doce,
a mão de hesitante tremeria,
mesmo singelo o toque fosse.
O eco desse tempo silenciado,
dessa voz incerta, não some,
descerra o horizonte riscado,
pelos contornos de um nome.
No ardor do peito tão vazio,
vivencia o bem que mereçe,
no tempo prestes do pousio,
vai a purgar a justa messe.
Talvez em um incerto dia,
dessa andança sem meta,
infértil semente tão luzidia,
nesse teu destino acerta.