Pingos d`água

Sou meu próprio mundo em mim

Inúmeras historias para contar e viver

Faço dos pingos d’água verdadeiras tempestades

Sou tudo que amo e odeio em um único ser...

Me perco e só assim consigo me achar

Me dou e só assim serei só meu

Minha complexidade me torna estrangeiro ao mundo

Sou meu tudo e meu nada

Meus pedaços estão em milhões, mas me sinto sozinho...

Sou mudo as minhas próprias verdades mentirosas

Tocam minhas mãos, mas não conseguem me sentir

Rabisco vidas, pois não vivo uma só existência

Sou tudo o que jamais terei em mim...

Procurei mãos que me erguessem

Mas estou tão longe, quem poderia me alcançar

O que tenho deixo em versos

Sento nas areias do meu eu esperando o tempo passar...

Não tenho pretensões, meu tempo de rei se tornou plebe

Sou escravo de tudo que escrevo em gemidos mudos

Não tenho nada a me oferecer e mesmo assim...

Encontro em mim tudo que preciso e procuro.

Vinicius Delfino
Enviado por Vinicius Delfino em 07/07/2020
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