Pingos d`água
Sou meu próprio mundo em mim
Inúmeras historias para contar e viver
Faço dos pingos d’água verdadeiras tempestades
Sou tudo que amo e odeio em um único ser...
Me perco e só assim consigo me achar
Me dou e só assim serei só meu
Minha complexidade me torna estrangeiro ao mundo
Sou meu tudo e meu nada
Meus pedaços estão em milhões, mas me sinto sozinho...
Sou mudo as minhas próprias verdades mentirosas
Tocam minhas mãos, mas não conseguem me sentir
Rabisco vidas, pois não vivo uma só existência
Sou tudo o que jamais terei em mim...
Procurei mãos que me erguessem
Mas estou tão longe, quem poderia me alcançar
O que tenho deixo em versos
Sento nas areias do meu eu esperando o tempo passar...
Não tenho pretensões, meu tempo de rei se tornou plebe
Sou escravo de tudo que escrevo em gemidos mudos
Não tenho nada a me oferecer e mesmo assim...
Encontro em mim tudo que preciso e procuro.