LINHA DO MEIO

Hoje deixo passar os ruídos estridentes

Nem dou ouvido aos sons entorpecentes

Faz algum tempo, agucei minha audição

Na direção de equilibrada estação

Houve um tempo em que

O burburinho do mundo

Algum alento me ofertava

E vozes alteradas me amedrontava

Num dia de há muito além

A meditação me acolheu

Num murmúrio sem som

Uma sinfonia de paz me envolveu

Desde então, todo estrondo

Rugido, trovão, ou vozeirão

Não me causa espanto, nem receio

Aprendi a caminhar pela linha do meio

Lenapena
Enviado por Lenapena em 07/07/2020
Reeditado em 07/07/2020
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