O entardecer
Atro no viés dos horizontes...
No silêncio da tarde apagadora, atonia.
Sussurros de ventos...
Nessas distâncias se propagam!
Ouço o nitrir dos cavalos ao revel
e as pálidas vozes de homens rescumantes.
Soledade feral
E o ruir das palascentes alvuras.
Gorjeios e chilros plangentes...
São as aves do entardecer.
Traços esguios,
movediços no arrebol.
Penúria nos laivos tônus do céu,
que se alongam distantes.
Tracejam o alento das enseadas.
Frementes nas rudezas emplumadas das campinas!
Listões de saibro encarnados,
onde se feriu o anil que sangra!
Arabescos tímidos...
Boiam nas vagas insidiosas...
Distâncias irreveladas
onde cobrejam o crepúsculo...
Nas vagas plúmbeas....
Nos últimos estremecimentos do fogo.
Ouvinte meditativo da quieta hora.
Ruflos de asas das aves migratórias
Agres ventos nascendo da noite.
Que se avoluma a partir de agora