Meu carnaval sem fim

Tem um carnaval morto em mim.

Um desfile inteiro

de mascarados alucinados

e esguias colombinas inebriadas

de loló.

Ilusões de pagã seminudez.

Alas inteiras de depravação,

assassinas paixões de um beijo só.

Blocos de alegria, de sol, de samba e esquecimento.

Tem um carnaval morto em mim,

que tento reviver e botar pra desfilar

sempre que sorrio,

mas ele nunca anda

e meu coração machucado

pelo amor,

mas estranhamente feliz

pelo simples fato de existir

ainda tenta comandar, cabisbaixo, toda a festa moribunda.

Tem um carnaval morto dentro de mim

que parece estar sempre

entre a felicidade

e a tristeza

da quarta-feira de cinzas

O Bêbado
Enviado por O Bêbado em 07/07/2020
Reeditado em 07/07/2020
Código do texto: T6998707
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