SETENTA
SETENTA
Que bom
Quando não se tenta
Fugir dos setenta
Afinal os “enta”
Não são nenhuma tormenta
Na pele, nossa vestimenta
Já não tem muita pimenta
Nem o frescor da menta
Mas um novo mundo se apresenta
Com o amadurecimento da massa cinzenta
Uma dádiva se apresenta
Nos fermenta
Nos arregimenta
Nos alenta
É vida que não se ausenta
E que se apresenta
Em criança barulhenta
Filhos de nossos filhos
Que nossa existência fomenta
E que não existem
Quando temos vinte ou trinta
Raramente aos quarenta
Então vamos ao setenta
Com essa beleza
Que nos realimenta