SETENTA

SETENTA

Que bom

Quando não se tenta

Fugir dos setenta

Afinal os “enta”

Não são nenhuma tormenta

Na pele, nossa vestimenta

Já não tem muita pimenta

Nem o frescor da menta

Mas um novo mundo se apresenta

Com o amadurecimento da massa cinzenta

Uma dádiva se apresenta

Nos fermenta

Nos arregimenta

Nos alenta

É vida que não se ausenta

E que se apresenta

Em criança barulhenta

Filhos de nossos filhos

Que nossa existência fomenta

E que não existem

Quando temos vinte ou trinta

Raramente aos quarenta

Então vamos ao setenta

Com essa beleza

Que nos realimenta

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 07/07/2020
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