Chamado

Vejo uma nova ordem na linha do horizonte.

Vejo a nova era a lutar contra ela.

Vejo o amor se ferindo,

Usando sua última arma:

A dor...

Após isso, o silêncio, o vazio.

O presente se dissolve, se espalha

E se infiltra na terra que lamenta um

Futuro inserto.

Ah...que agonia...

Tudo isso no fim de um lindo dia que

Se acomoda sobre os ombros e lamenta.

Um celular toca.

Uma ambulância anuncia, a cidade mais vazia?Outros passam num esboço de incertezas.

Sorrisos trancados por máscaras escondendo Outras tantas máscaras.

Foi um dia comum...

Um dia qualquer que se vai para chorar

No colo da noite que também chora.

Barulho...

Batidas...

Panelas vazias, estômagos cheios de rancor.

Lojas fechadas, corações abertos ao terror.

Fugas humanas a sentar em poltronas para

Cultuar a deusa notícia que os vicia...

Overdoses de pânico...

Um lugar arranjado: Teu lar

Um estado de relatar ou uma chance de delatar

A covardia dos que querem te calar?

Ou um país de graça a nova ordem entregar?Por séculos o véu em teus olhos escondeu

Isso que agora tu vê.

Mas o véu caiu em tuas bocas;

Teus olhos agora podem ver.

As máscaras te calam, não te prendem

Em frente a uma Tevê.

A "nova era" precisa de você...

Agora, outono. Silêncio é o que fazemos

Medo é do que nos alimentamos

A "nova ordem" te serve um banquete

Engorda teu orgulho daquilo que teus olhos

Querem ver, ou, já cansaram de ver.

Ruas vazias; nem tanto.

Mesas sem pão, um tanto!

Lágrimas nos olhos, árvores e videiras

Que crescem

Rios mais puros e cristalinos.

Animais que reaparecem

Buracos que se fecham..

Corações que se unem

Corações que param

Outros que iniciam a bater.

O intruso não é o inimigo

É teu amigo te ensinando a viver

É a nova era te chamando a ser e não parecer.

Não se exponha ao micro mas não seja um Covarde escravo do Macro.

Estão com as sujas mãos entrando em nossas Mentes para sermos ventríloquos,

Massas manipuladas...

Presas acuadas contando mortos e não

Sentindo a vida que nasce a cada dia.

E estas serão as histórias que eles

Trarão em caixões.

Levanta teus olhos,

Olha teus filhos,

Teu netos,

Te marido e tua esposa.

Olha tuas mãos...tuas fortes mãos

E empunha a espada da justiça

Vem com a nova era

Vencer essa guerra !

Continua com a máscara

Ela não te impede de gritar

Só não fique inerte esperando

O medo contigo acabar.

Vamos que o arcanjo está a nos esperar!

Álvaro Silva

Álvaro Ronei
Enviado por Álvaro Ronei em 06/07/2020
Código do texto: T6998297
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