Um sábado qualquer
cá estou eu, de frente comigo
É um sábado frio a noite
A mesinha e o silêncio
Anavalhado como um golpe de foice
Nada pra fazer, a não ser escrever
Tive algumas ideias, tentei selecionar
Mentalmente feito uma peneira
Queria algo mais pra me inspirar
Mas haviam só duas cervejas na geladeira
Penso que talvez queira me perguntar:
"Mas você só sabe falar de amor e bebedeira?"
Óbvio que não. Ora! A realidade já é dura demais.
Prefiro falar das delícias da vida.
Pois não sei aproveitá-la de outra maneira.
Veja só que maluquice,
esses diálogos esquisitos saindo da minha cabeça.
Melhor eu terminar esse poema e tomar a última cerveja, antes que eu realmente enlouqueça.