FEMINICÍDIO II
FEMINICÍDIO
II
Queria falar de amor
Mas esse verbo desabilitou,
Queria te dar uma flor
Mais esse gesto cafona ficou.
Como proteger essas flores
Que o universo nos doou?
Se no jardim que habitam
As flores o homem arrancou?
É zero oitocentos pra isso
É telefone pra aquilo
Tudo para sua proteção,
Mas o que mesmo se vê
É uma justiça sem ação.
Oh flores do universo
Como estão sem jardim...
Se dizem um “não” pro sujeito
Logo chega o seu fim.
Vivem vocês um teatro
Sem roteiro e personagem
Pegam bonde sem motorista,
É estrada sem viagem
Até onde vamos viver
Com essa tamanha ultraje?
ARTHUR MARQUES DE LIMA SILVA
DIREITOS RESERVADOS
LEI 9.610/98
03/07/2020