A Estação
Portando bagagens volumosas,
O povo em constante vai-e-vem,
Segue em marcha polvorosa
Vindo em busca do trem.
Gente entra e sai, bebe e come
Os mais diferentes quitutes
Cujo cheiro desperta a fome
Dos tantos transeuntes.
Alguém sozinho ou acompanhado
Na dinâmica movimentação,
É gente por todo lado
Andando pela estação
Há quem entrega ao cochilo
Num banco ou mesmo no chão,
Outros se abandonam no exílio
Sozinhos na multidão.
Crianças alegres e homens sérios,
Entrelaçados na movimentação,
Cada qual com seus mistérios
Passando pela estação.
Há despedidas tristes
Que chegam a cortar o coração,
Conquanto, também assiste
A reencontros, fim de separação.