Jardim de Luxemburgo, Paris
Naquele jardim sentei-me para olhar o tempo
O tempo me observou em esculturas mudas
Alguns pássaros falantes discutiam no céu
Uma criança parou para ver a borboleta
Eu, infantilmente, descolori minh'alma
Pintei flores e repintei minhas saudades
Reencontrei uma paz perdida atrás da coluna
Vi flores escalando pedras, vi pedras dóceis
Repintei a parede da minha saudade escura
De cores nobres e rouges, tal qual um Monet
E vagabundo fui sentar na cadeira verde
E do verde de lá sai marchando para o palácio
De Luxembourg sai como um rei feliz
Do seu reinado de natureza e belezas mil
Da cidade paris encantadora, paralisado fiquei
E deslumbrado nesse, adormeci acordado
Roberto Solano Novaes