VAI POETA!

Vai, velho aprendiz de poeta

Aceita esse teu destino

De ser um eterno menino

De ser para sempre uma porta aberta

Vai, acender novas estrelas no infinito

Incendiar os velhos e terríveis abismos

Clarear o sofrer com poéticos eufemismos

Colorir de verdades nosso grito

Vai, não há pausa e nem terminar

É tua missão a fascinação coesa

É tua sina manter a ilusão acesa

Em tudo que a vida só, não nos dá

Vai poeta! Ressignificar a fria razão

Pintar sorrisos nas caras cinzas e tristes

Dizimar a última escuridão que existe

Vai poeta! Rasga o peito e doa o teu coração.