Fendido
Aqui começo a ter as fendas
na cara pobre. Bocejar
sussurração dos que começam
a caminhada relutante.
Exercitar o vazamento.
Preguiça tosca serpenteia
sem condução que tudo para,
qualquer momento, vaporoso.
O carcomido borrifar
de limo velho avarandado
da pele, carne cimentada.
E me confundo nesses móveis
empanturrados. Empenado
dentro da pena sem escrita.
Pincelo a casca leporina,
matamatá consome a margem
imersa. Limpo a tensa calha
tolhida e gasta no apagão
encouraçado na água cinza.
Encalacrado o caminhante
numa travessa corre ilhado.
Finjo mudez atrás da máscara.
Aqui começo a ser as fendas.