VIAGENS DE UM(A) POETA(ISA)
Izaias Veríssimo de Castro – 01/07/2020
O poeta “anda vagando sem sair do lugar”
Procurando por perto “rastros” para decifrar
O poeta plana de asa delta lá no ar
Procurando o que do baixo não se ver
Ainda assim, em sua cama a deleitar
O poeta navega por todos os mares
Cortando ondas, vencendo tempestades
Certo de que o horizonte ele vai alcançar
Ainda assim em sua banheira
Com água em sais e essências a borbulhar
O poeta viaja na aridez do sertão
Contemplando um jardim florido
E já com outros botões a surgir
Vê ali num banquinho sentados
Um casal de namorados a conversar
E muitas crianças felizes a brincar
Sem contar os beija-flores
Que aos nossos olhos furtam as cores
Felizes numa fonte a bebericar
Ainda assim vivendo o rebuliço
Que na cidade insiste em lhe estressar
E “nessas viagens" de mente aflorada
Tantas coisas ele vê, tanto ele vive
Pra nos reportar em versos sublimes
E mesmo agarrado pelo monstro solidão
Quando fala de angústias que sufoca o coração
Nos nutre de esperança, nos mostra o caminho
Pra vencer os desafios deste mundo tão bravio
E preencher nossos vazios
Ainda assim...