DISTÂNCIA

Ah! A distância, esta lonjura

Que leva a gente à loucura,

Quando por perto

Não se tem aquele alguém...

Ah! Esta distância nefasta

Que nossos corpos afasta...

Que segura os ponteiros do relógio,

Onde cada hora se arrasta,

Arrastando, também os meses...

E eu me pergunto, às vezes, até quando?

Nem podemos fazer planos...

O tempo parou.

Alegrias viraram desenganos,

A saudade virou minha realidade.

Fecho os olhos e imagino

Nossos corpos se tocando,

Nossas pernas se entrelaçando,

No nosso tórrido ritual,

Mas é só um sonho frustrado...

Tão longe de tornar-se real...

Queria deletar este ano maldito,

Este ano infeliz e surreal...

Dizem-me para ter fé e paciência...

Fé eu tenho até,

Mas a paciência foi acabando

À medida que o tempo foi passando.

Queria dormir e dormir e dormir

E acordar só quando este ano sumir,

Só quando você surgir, de repente,

Entrando pela porta da frente,

Com aquele fogo de sempre...

Tomando-me em seus braços,

Apertando-me num longo abraço,

Beijando-me e me fazendo carícias ardentes,

Para compensar o tempo

Em que você esteve ausente...

Ah! Distância maldita... lonjura tão descabida!

Se ao menos eu não pensasse tanto em você...

Se você não tivesse entrado tanto em minha vida,

Será que eu estaria assim a sofrer?

Talvez fosse melhor também deletar você... e a mim.

Ouvindo LA BARCA - LUIS MIGUEL

https://youtu.be/PzKieeZfPLs