Ilusão de amor

Ó ilusão poética que me alucina

Um querer e não ter, olhar e não ver

Entoado num verso de amor que vicia

Assim preenche de cor o meu viver

Cântico de estima logo ao amanhecer

Reveste-se de todos os reflexos meus

D’um sorriso fácil até o verbo anoitecer

Tomando para si dilemas que não são teus

Desvio-me dos seus enlevos, por capricho

Há em mim um quê, uma certa inquietação

Sinais de um coração hesitante e esquivo

Lanças ao vento um verso em busca da rima

Eu faço dela uma narrativa, flagrante da ilusão

Ser a rima preferida, a qual teu verso se destina

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Lia Fátima
Enviado por Lia Fátima em 29/06/2020
Reeditado em 23/12/2020
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