DO CORPO À ALMA.
Dei folga à alma...
Deixei que voasse,
Na manhã de céu azul...
Sobrou um corpo,
No intento do teu.
Num tatear de mãos...
Em palmas.
Entre dedos e segredos
Do mínimo ao polegar...
Provocando desejo torto,
A desbravar, escalar, desnudar.
Dum querer perdido,
Num tempo esquecido,
Em distâncias...em lembranças...
Por onde me perco
E me desmonto,
E te encontro.
Depois, numa fria manhã,
De um dia qualquer,
Sem véu nem grinalda,
Quem sabe...
Casemos nossas almas.
Elenice Bastos.