Poesia à mesa
Pedirei um café e em cada gole
amargo,
sentirei mais gosto pela vida.
Por trás dos óculos,
meu olhar se perderá
ao longe...
a caneta não quer escrever,
cada palavra dentro do peito,
timidamente, segredos
esconde,
a alma aflita precisa, mas nada
quer dizer.
Os papéis soltos,
em branco, reclamam,
pedem para que
eu possa me reencontrar...
janelas batendo ao vento,
me chamam.
Descortinada a paixão pela escrita,
poesia à mesa,
devorando os meus pensamentos.
Quem sou eu...
alguém outro dia perguntou,
apontei uma certeza;
Qualquer que o meu verso lê,
logo me reconhecerá,
troco de nome, mas não de amor.