cadeias do sol
Nas cadeias secas das dores
o cardeiro rubro é sagrado
as corais são ninfas do cercado
os calangos lambem dissabores
Murcham ramas e secam as flores
os espinhos crescem atrevidos
sol a pino arde nos sentidos
as queimadas torram os amores
No reinado de toscos mocambos
um rei com um manto em molambos
vem erguer um cetro encardido
Fogo bruto o fruto em chamas
pobre rei sem servas e sem damas
agoniza podre esquecido.