Pintura

Não, você não sabe de nada

Nem da insônia que mata

Nem da lágrima estagnada

Nem da dor que arrebata

Não sabe do riso acanhado

Que os lábios teimam em doar

Nem do peito estraçalhado

Que oculta um doce olhar

Você olha, mas não entende

Que apesar das dores da vida

O sonho não é dormente

E cura em nós, a ferida

Refaz-se em nós, a alegria

E a esperança é pertinente

E no que se diz Poesia...

Você diz amar, mas não sente.

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