Poema Sem Parada
Sinto nesses dias calados,
não escovo os dentes até a hora do almoço,
sinto que ninguém me quer.
Nesse dia abafado
que vai me puxando sem eu perceber,
até que finde tão tarde,
antes que o sono vier.
Vai puxando a hora do almoço
às três horas do dia,
eu não consigo ver quem chega
não consigo ver se não chega ninguém.
Vai puxando, puxando,
eu queria mais tempo,
Quando essas horas acabam?
Quando eu paro pra ver?