Filigranas

As flores do meu jardim

não estão mais tão belas,

já não é nem primavera

e o verão também se foi.

Algumas resistem ao vento,

ainda persistem colorizar,

abrigar pássaros cantores

nos longos dias de inverno.

Quem dera pudesse eu agir

como essas plantas altivas,

esses pássaros cantadores.

Tê-la comigo, quase cativa

nas filigranas do coração.

Referência:

MALLMITH, Décio de Moura. Filigranas (Poesia). In Zero Hora, coluna Almanaque Gaúcho, ISBN: N/C. Porto Alegre/RS, nº 19.746, Ano 57, p. 40, 25/06/2020.