A FERA
No fundo de uma caverna ela dorme.
Em sono, não ameaça ninguém.
Porém, a voracidade é enorme
e a fera com seus tentáculos vem.
Se acorda de má vontade, é disforme,
ataca tudo à sua frente e aquém.
Furiosa, se perturbada, oniforme,
piedade de quem ousou, já não tem.
Escreve pelas paredes com sangue,
desenha os seus murais com carvão.
Devora, sem pena, a vítima exangue.
Revela que a sua voz é a razão,
das sombras das águas densas do mangue,
sem nada que venha a ser salvação.
No fundo de uma caverna ela dorme.
Em sono, não ameaça ninguém.
Porém, a voracidade é enorme
e a fera com seus tentáculos vem.
Se acorda de má vontade, é disforme,
ataca tudo à sua frente e aquém.
Furiosa, se perturbada, oniforme,
piedade de quem ousou, já não tem.
Escreve pelas paredes com sangue,
desenha os seus murais com carvão.
Devora, sem pena, a vítima exangue.
Revela que a sua voz é a razão,
das sombras das águas densas do mangue,
sem nada que venha a ser salvação.