Madama
I
O silêncio é uma chuva,
Vem em meu céu quase nunca,
Caindo tantos sentir em rumba,
Eu nessa chuva faço amor em Cuba.
II
O silêncio é dose de Pecado,
Aparece breve e me trucida no assalto,
Tal silêncio em mim é caos e caco,
Manieta minha alma à beijar de sapo.
III
O silêncio transa de puta,
Rouba meu coração poderosa Macumba,
Fica nua e trepa em mim bicuda,
Pois, no viver qualquer flerte é enxuta.
IV
Silêncio de um chover malandro,
Furta qualquer carinho de estranho,
Pois, o desejo é estrela de gamo,
Que no tempo certo geme um coito.
V
O prazer do silêncio aclama,
Demonstra seios arfantes de bacana,
No pecado de silêncio rir tacanha,
Pois, é na chuva que rapariga é Madama.