Madama

I

O silêncio é uma chuva,

Vem em meu céu quase nunca,

Caindo tantos sentir em rumba,

Eu nessa chuva faço amor em Cuba.

II

O silêncio é dose de Pecado,

Aparece breve e me trucida no assalto,

Tal silêncio em mim é caos e caco,

Manieta minha alma à beijar de sapo.

III

O silêncio transa de puta,

Rouba meu coração poderosa Macumba,

Fica nua e trepa em mim bicuda,

Pois, no viver qualquer flerte é enxuta.

IV

Silêncio de um chover malandro,

Furta qualquer carinho de estranho,

Pois, o desejo é estrela de gamo,

Que no tempo certo geme um coito.

V

O prazer do silêncio aclama,

Demonstra seios arfantes de bacana,

No pecado de silêncio rir tacanha,

Pois, é na chuva que rapariga é Madama.

Francesco Acácio
Enviado por Francesco Acácio em 25/06/2020
Código do texto: T6987949
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