Se um dia eu me perdi de mim e, vaguei sem destino, foi  onde aprendi muitas coisas.
Eram tantas turbulências ao meu redor, que algo me fechou por longos anos.
Foram anos de escuridão para a vida.
Momentos de angústia, tristeza,  vazio,  prisão.
Tudo tão deveras cruel para uma alma pulsante de viver.
Desencontros e paradigmas a quebrar, enfrentando os mais incríveis desafios.
Me sentia só...
Mas sabia que não estava.
Tive a fé como guia.
Nada no mundo é estático. 
Tudo se movimenta de forma mágica, fazendo com que eu bailasse nesse musical viver.
E foi entre flores e espinhos, em mar revolto, em águas calmas,  em tempestades,  em bonança  em ventos ruidosos,  em suaves brisas que eu atravessei, silente.
Foi uma bagagem pesada, no trajeto dessa caminhada.
Sentei debaixo de árvores,  para sentir suas sombras e descansar.
Mas andei sob sol escaldante.
De tudo que vivi, restou uma serena melodia que o universo cantou para mim.
Dela fiz uma orquestra e regente fui.
Foi no momento que aprendi a conduzir meus passos, sem precisar de outros amparos.
Acho que foi como um grande voo que alcei quando já tão perdida me encontrava.
São palavras de lutas, de batalhas, escritas na alma e traduzidas em grandes verdades.
A existência é um imenso roteiro, onde escolhi ser a protagonista de minha história. 
 
Carmen Haddad 
Rio de Janeiro RJ 
Imag google 
Carmen haddad
Enviado por Carmen haddad em 25/06/2020
Código do texto: T6987861
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