EMBLOCADOS
 
Debaixo do bloco
Escorado nas pilastras
Terminam a noite
Ao som de bebedeiras

Vazão da razão
Ciúme de si mesmo
No desce e sobe
Estranham-se em elevadores

Uma conversa foge,
Um sorriso desaba
Confirmando que nada se acaba,
Nem mesmo a noite.

Uma mesa, um sarro, um gim
A cerveja, o trago, um não e sim

Terra vermelha...
Mentes arquitetadas...
Espaços vazios...
Gente inteirada, calor e frio.

Debaixo do bloco, sedas nas mão
Viagens gostosas na solidão...
Brasília
Uma família
Uma ilha bem bonita e vazia.
Ed Moreira
Enviado por Ed Moreira em 24/06/2020
Reeditado em 30/06/2020
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