Deserto de alma!
Deserto de alma!
No deserto de minh’alma é que encontro a paz, onde á sombra de minha própria estatura busco em vão me esconder do sol, onde lavado pelo suor, sou temperado pelo sal da vida, onde ferido, me assopram os ventos Elíseos.
É no forno solitário de minha consciência que se amoldam meus sonhos, feito barro na fornalha tornam-se tijolos com os quais busco o tempo todo construir meu alicerce.
Assim, em noites de céu e estrelas o deserto não é deserto, as estrelas piscam, elas conversam com a alma, basta que se entenda a fala delas no silencio.
É como quando se ouve o coração de quem se amam, os pensamentos tomam rumo diferente, cessa a zanga, acaba o medo, se vai a solidão e comigo mesmo me encontro em paz!
Santaroza