O fim dos tempos
Eu não sabia que o mundo ia acabar
Ninguém sabia
Não se pode mais acreditar
Nos anúncios da meteorologia
Roncos fortes, ventanias
Prenúncios da hecatombe
Clarões que antecedem o fim
Prefácio do Juízo Final
Antes que a casa tombe
Antes do veredito do tribunal
Contasse da foice perto de mim
Contaram há mil anos os maias
Em mórbida profecia
Que, de repente, a noite
Não arremataria o dia
Me perdoe o tempo
Juro, eu não sabia
Pois se eu soubesse
O mundo, em outro efeito
Não veria eu fazer tudo o que não fiz
Mas surpreenderia eu apagando
Tudo que não deveria ter feito