Quando a sombra da noite chega
O medo aflora
O cobertor protege o sopro do vento
A marquise faz o aconchego
O suor na pele pesa no corpo
O sono na cama de concreto ajuda esquecer onde está
O consolo é ouvir a reza da ave maria na igreja próxima
Lendo o jornal velho recolhido no lixo
Leio a volta que o mundo dá
A arrogância de hoje o futuro de reservará com a dor
Perdido nas ruas
A morte da fome se dá com a mão estendida
Ainda há força no cérebro para o agradecimento
Agradece a vida nesse relento
Ainda pede perdão ao burguês que se sente ameaçado
A voz em resposta é apenas um grunhido