PELA JANELA

Pela janela sigo a doida agitação do stress humano.
Gravatas, bolsas e sapatos
Carteiras, cheques e contratos
Cruzam as ruas na constante loucura,
Barulhentos e calados contrastam com o verde da paisagem.

No sobe e desce das escadas,
presos na velocidade dos ponteiros pendurados no pulso
Descansados e cansados,
Uns alegres, outros desanimados
Gritam, sufocam e invocam a fé no amanhã.

Só me resta um lento aceno pra uma criança,
inocente esperança 
fantasia dessa infinita correria.




 
Ed Moreira
Enviado por Ed Moreira em 23/06/2020
Reeditado em 30/06/2020
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