Sigo a caminhar
E sinto que o tempo
Prefere as grandes distâncias
E vou sentindo o perfil
Da poesia em construção
Que sempre vira ilusão
No formato entre sonhos
Surge um vazio enorme
Na lâmina da minha alma
Onde a existência perpassa
Na solidão do caminho
A terra se abre num eco profundo
O vento da noite levará o cansaço
Como as estações que batem
No silêncio pálido e incauto
Na liberdade que a vida oferece
E vou seguindo o rastro
Na página entreaberta da vida

 
Gernaide Cezar
Enviado por Gernaide Cezar em 23/06/2020
Reeditado em 23/06/2020
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