No galope do vento
No cerrado goiano cavalgo
estrada depois de estrada
em ritmada cadência.
Solto a rédia, abro os braços,
dou-me ao vento sem tempo
passado ou destino galopo
...sem bridão em desatino.
Nas estradas que percorro vou
cortando trilhas na dianteira.
Levo o Araguaia solitário
às minhas costas com
ipês floreando minha carreira...
Solto o cabresto sem medo
galopo a vida com esporas.
Driblo o tempo na tarde inzoneira
que mansa, rebuça meu trote
golpeando meu peito mudo
De saudade ribeira...