PESADELO
Naquela noite eu sentia
O suor que me escorria
Vultos e densas névoas
Tudo me consumia
Assim na cama me remoía,
Pois muita dor em mim havia
Densas névoas me tragavam
E esvaindo minha vida ia
De súbito, tua mão senti
E em carícias ela se fazia
Louco, procurei tua face,
Mas de instante já não havia
De repente um pânico chegava,
Pois um cão preto me seguia
Por toda parte onde andava
Aquela fera pra mim latia
Outra vez o suor no rosto
E o cão que se aproximava
Que noite de sufoco e dor,
Minha pobre alma enfrentava
Despertei aos gritos de terror
Chamei teu nome e não estava
A névoa e aquele temor
Bem como o cão, já não se via
O coração acelerado
Pelo terror que eu sentia.