Conversa Imaginária com o Eu mais jovem
Num encarquilhar de meu ser revelho,
ou mesmo em uma imersão em autoconhecimento tardio;
talvez, um quê de comiseração voluntária e alento,
no auge da amarga sofreguidão.
Verdades incontestes projetam-se na tela da memória,
obscurecem na trila da consciência, o arrependimento que
ainda não chegou. Aguardo, até mais um pouco, mas o afã
por expiação desmorona na frágil lufada de vento matreiro.
Quais conselhos a vivência do passado emprestará ao infante
ainda por conhece-la? Inócuos? Ou desesperançados? Novamente,
incorreria nos mesmos erros. Verdades se perdem em conjunturas,
que apenas o retroceder no tempo evidenciaria. Quimeras!
Sem mais divagações ou monólogos! Não é este um colóquio?
Discorre também, que espera de mim quando for eu? Silêncio...
o passado cala-se, amargo, avarento, como criança
mal criada. O passado cala-se, quando não existiu.