Também sou África
Sinto calafrios no meu caudal, sou um rio
Sinto fome, sou um cemitério vazio
Há muita ânsia em mim, sou mais um caso
Há muita esperança em mim, sou um cemitério a espera de mais um caso
Ninguém mais deve perambular
Nas minhas ruas perfumadas
Ninguém por aqui deve deambular
Os meus remédios, tem agora raízes virais
As minhas palhotas são onlines
Neste século, não deixarei nascer
Nenhum Nkrumah, as barrigas das minhas mulheres são cristais
Também sou África
O berço da humanidade
A casa das calamidades naturais
O berço do morcego
Sou África
De cor
De peito e alma
África, prepare-se