O GRÃO DE ARROZ
Levava comigo um grão de arroz
Abismado em nutrir as ondas do mar
Fatigado, encontrava-se um tanto feroz
Em águas salgadas quisera se temperar.
De pés descalços caminhei dificultosa
Sob uma ventania repentina e certeira
De minhas mãos o grão foi embora
E pus-me a chorar então de tal maneira.
E com a face endurecida no tempo
O vi morrer em trágica câmera lenta
Enquanto dos olhos desciam as lágrimas.
Hoje vivo em tamanha tormenta
Perambulando pelo mar sem alento
Literalmente solitária e apática.
- Francielly Fernandes
- 18/06/2020
Levava comigo um grão de arroz
Abismado em nutrir as ondas do mar
Fatigado, encontrava-se um tanto feroz
Em águas salgadas quisera se temperar.
De pés descalços caminhei dificultosa
Sob uma ventania repentina e certeira
De minhas mãos o grão foi embora
E pus-me a chorar então de tal maneira.
E com a face endurecida no tempo
O vi morrer em trágica câmera lenta
Enquanto dos olhos desciam as lágrimas.
Hoje vivo em tamanha tormenta
Perambulando pelo mar sem alento
Literalmente solitária e apática.
- Francielly Fernandes
- 18/06/2020