Pobre paciência

Tranquei a porta

na marra o batente

de tinta outrora branca

amarelada esmaecida descascada

como meu cansaço

de acreditar na amostra-grátis

no sorriso colgate

e na elasticidade do meu saco

A paciência morreu

pobre coitada

cozinhada em banho-maria.

Refestelo-me em uma poltrona,

frente a uma janela escancarada...

RobertoQueiroz
Enviado por RobertoQueiroz em 17/06/2020
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