Mistério
Meu senso avalia,
Cada regalia...
Do seu universo.
Inda agora eu lia,
Como você alia,
Une versos.
Já que não és "só mistério!",
Vou revelar-lhe impropérios…
Pra ver se te intimo.
Quero ler-te além do rosto,
Ver o metafórico gosto…
Do teu poema mais íntimo.
Já que não és "só mistério!",
Vou expô-la ao vitupério…
Vasculhar cada camada.
Subjuga-la como as palavras.
Minha caneta se encrava.
Entre suas pautas arreganhadas.
Já que não és "só mistério!",
Vou invadir teu hemisfério…
Que meu lirismo te escalpele.
Sou a "violência" com a qual tu flerta,
A mão pesada que estapeia, aperta.
Compõe hematomas em tua pele.
Meu senso avalia,
Cada regalia...
Do seu universo.
Inda agora eu lia,
Como você alia,
Une versos.