Bilhete Curto
Careço da sua fala,
Para decifrá-la…
E não bancar o adivinho.
Por favor, dê-me acenos, sinais,
Pra que eu não erre o cais…
Encontre o teu caminho.
Não quero mais o ridículo,
De vagar em círculos…
Nas minhas cruas incertezas
Deixa-me captar teus mistérios,
Mono e estéreo…
Teus breus e luzes acesas.
Tentarei fazer leve tal pluma,
Silenciosos passos do puma…
Rondando a presa.
Quero quitar suas feridas e fraturas,
Não ser mais uma fatura…
Outra despesa.
Ensina-me a ler-te,
Inda que seja num bilhete…
Curto, ou nas linhas da tuas mãos.
Estou mal por não ter te feito bem,
Procurei uma palavra que fosse além
Mas não encontrei, repito: Perdão!