Rei
Reino em teus braços,
Vê como passo no paço…
Arrebitando o nariz!
O jeito que me trata,
Adorna mais que ouro, prata…
Linho nobre e rubis.
Pôs-se no gazofilácio,
Pra que palácio?
Tua generosidade é tamanha.
Me rendes homenagens,
Banheira de hidromassagem?
Teu suor me banha.
Cama? Em ti me deito?
Teu ombro, teu peito…
São ternos.
Tal Ísis me ressuscita,
O Kama Sutra recita...
Com ar sacro e materno.
Teu sofá meu trono,
E daí se sou oitavo ou nono…
Dessa dinastia?
O vinho pode ser econômico,
Mas o aparato é faraônico
Traz-me pedaços do céu em fatias.