Olhei o infinito
Acho que sonhei acordada quando olhei o infinito no fim de tarde, suspirei, e desejei estar lá no meio daquelas montanhas, com cheiro de mato, com mil passarinhos cantando, talvez, até com um riacho correndo perto de árvores frondosas.
Olhei o infinito de novo, vi um céu de fogo, de luz ardente, cheio de nuvens que mais pareciam algodão de tão fofinhas, e desejei estar ali também, sendo feliz, feito uma criança saltitante quando ganha pirulito.
Mais uma vez, olhei o infinito, vi milhares de casinhas, eram todas branquinhas, com flores coloridas, banquinhos na calçada e idosos dando risada.
Decidi olhar mais uma vez o infinito, e então eu vi, uma menina crescida, de alma colorida, cheia de vida, que aprendeu a viver sem ser comedida.
O dia findou, e hoje, pela última vez, olhei o infinito.