POESIA HOMEOPÁTICA

Diante dos dissabores da vida

Corro para o meu canto

E jogo palavras ao ar

Banho-me com metáforas

Sem métrica, sem rimas

Numa verdadeira anarquia de sentimentos

Que borbulham em meu peito

Transbordando do meu ser

A suavidade das rosas

E a leveza de um acalanto

Aos poucos, o amargo

Tornar-se a doçura de um beijo

O que causava angústia

Passa a ser devorado

Por tudo que há de belo

Numa alma que resplandece

O brilho de um olhar

De quem está grávido de amor.