TESTEMUNHA
Fui testemunha do seu amor platônico
e da sua dor velada
e da sua mágoa amanhecida.
Testemunhei sua ira, sua fúria desmedida
e vi no seu combalido olhar
o desalento de ser uma peça do jogo perdida
Testemunhei sua luta aguerrida noite e dia
por uns esparsos sorrisos, uns alôs
e um carinhoso bom dia
Testemunhei sua submissão ao que os poetas
bradam e cantam desde a antiguidade
como sendo o vicio da paixão
Testemunhei seu lado obscuro,
sem freios e sem regras, não se conteve
ao deturpar os fatos e gerar boatos
até pulou o muro... eu vi..e por ti, temi.
Ah! Sim eu testemunhei tudo isto e muito mais
e sabe por que não te julgo, rapaz?
Porque sei que o amor e a paixão nos atingem
E não temos como balizar comportamentos
agimos assim, sendo impulsos e vorazes
como se não houvesse mais oportunidades
Testemunhei o seu ápice e seu apogeu
Com lágrimas nos olhos e o coração partido
Pois nunca fizestes por mim esses desatinos
E mesmo assim, ainda és o amor meu!
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