(A Dama e o Lobo)
As sensações que permeiam pelo corpo
Os contornos da volúpia que desnuda no olhar
Deixando nua a alma, exposta a fragilidade
Ascende a chama, a cupidez que inflama
Nessa hora não é necessário falarmos de amor
Queremos sentir a paixão de todos os amores
Os nossos sentidos e instintos mais
selvagens aflorando
A fera que urge, uiva, rasga o verbo da carne
Que beija, cospe e goza na boca
Enseja a alma, quer além, o preâmbulo do
Versejar com loucura que a dor sufoca
Saciar a sede, a fome, o pecado
Somos paixão urgente em conflagração
Dois amantes enamorados
Ardendo em veemência paixão
Somos poemas em pele rasgados
E quando se trata de amor
Todas as certezas racionais se esvaem
Somos apenas dois trovadores do acaso
A Dama e o Lobo